“FATALIDADE N° 84, OP.78, N° 1
Há sempre um dia em que partimos.
Nesse dia levamos conosco uma lágrima de esperança
e para os que sentem a nossa ausência,
deixamos, num sorriso, a saudade.
Você vai partir — eu queria esconder isto de mim,
queria mentir para a minha ilusão;
você vai, de malas prontas, tomar o trem da esperança;
você vai partir sorrindo, sorrindo…
Talvez nem se lembre de ter saudades,
talvez nem saiba mesmo que alguém terá saudades,
pois há uma espécie de fatalidade em nossas vidas:
— Há sempre um dia para sentir saudades,
pois há sempre um dia em que nos partimos
Extraído de
SOLIDÃO DAS HORAS – São José dos Pinhais, 1991″
É com todo pesar que vimos trazer a triste notícia do falecimento de nosso querido amigo, o escritor e pioneiro do Sindescritores, Luiz Carlos de Oliveira Cerqueira. Ele recebeu o número de matrícula número 45.
Ele parte deixando-nos muitas lições de amor, amizade, profissionalismo, ética e humanidade.
As pessoas são insubstituíveis em sua existência, e quando são especiais, além da falta que fazem àqueles que as amam, deixam o mundo mais pobre. Sem o nosso amigo, o mundo perde um pouco do seu brilho, alegria e cor.
Não temos palavras para expressar os nossos sentimentos. Pedimos a Deus que conforte o coração dos familiares e amigos neste momento de dor e os console e lhes dê serenidade para atravessar esta tempestade.
A Deus pedimos também que dê ao nosso amigo o merecido repouso eterno em seu reino. Muito respeitosamente, prestamos as nossas condolências e deixamos os nossos mais sinceros pêsames.
Ele nasceu no dia 28 de janeiro de 1935 em Monte Serrat, Mun. de Governador Levy Gasparian – RJ. Premiado em pintura, crônica e poesia.
Livros editados: “Solidio das Horas” (1990)- EDITEL Listas Telefônicas, Curitiba; “Além da Curva, a Saudade” (1997) – idem; “Quando Houver Nunca Mais” (2002) – Thesaurus Editora, Brasília.
Participou de muitas antologias no Brasil e em outros países, destacando-se as editadas pelo Instituto da Poesia Internacio nal, Porto Alegre; “Brasília; Vida em poesia” (1996) – Valci E ditora, Brasilia; “Pensar em Arte e a Arte no Pensar” (1997) – Univ. de S. Francisco, Bragança Paulista; “Espejos de la Pa labra/Espelhos da Palavra” (1999) – SUReditores, Montevideu; “Letras de Babel” (2001) – Ediciones Pilar, Montevideu; “Prêmio SESC de Poesia” (2002) – Edit. do SESC- Brasília. É verbete da “Enciclopédia de Literatura Brasileira” (2001), de Afranio Coutinho e J. Galante de Souza, São Paulo;”Dicionário de Escritores de Brasília” (2003), org. por Napoleão Valadares.
As informações sobre ele foram extraídas do site de nosso querido Antonio Miranda.